No ano de 2012, a região centro registou um índice de produtividade aparente de 18,22 %, um valor abaixo do percentual nacional que se situou nos 21,63 %. Já em 2014, esta zona de Portugal apresentou 19,2 % das exportações do total nacional, com uma proporção de bens de alta tecnologia de apenas 2,0%. Nas regiões do interior, estes problemas tendem-se a agravar devido à densidade populacional, ao isolamento relativo, ao afastamento dos centros de decisão e do ambiente de negócios.
A superação destas dificuldades numa região com um grande potencial de crescimento é, cada vez mais, uma questão importante na agenda do governo. Os documentos de orientação da Comissão Europeia indicam que as únicas formas de colmatar o atraso na produtividade, aumentar a capacidade de produção e a competitividade na economia globalizada passam por apostar em mão-de-obra altamente qualificada, promover a transferência de conhecimento e tecnologia da academia para a indústria, introduzindo produtos inovadores e processos de fabricação, e otimizar os processos de produção em setores tradicionais e emergentes.
O conhecimento só poderá ser absorvido, se as próprias empresas investirem em inovação. Assim sendo, torna-se fulcral melhorar os canais de comunicação entre a academia e a indústria, promover a ciência produzida nas universidades para os empresários e para o público em geral.